Natal, Ano Novo e outras festas...

Pois é está a chegar mais um período de festas, e quem trabalha por turnos sabe que normalmente, isso significa um período mais ou menos prolongado de troca de argumentos entre os colegas.

Almas samaritanas começam a ficar preocupadas em saber se gostamos de passar o Natal em casa ou se preferimos o Ano Novo.

Existem aqueles que tem filhos e família, e procuram empurrar estas festas para os solteiros, ou os sem filhos, que neste período do ano são, como que, encarados como pequenos órfãos, que por não terem filhos podem e devem-se sacrificar.

O meu chefe procura que existam voluntários, e por uma organização de serviço quem se oferecer para uma noite, já não faz mais nenhum turno nessa festividade. Posto isto, e depois de muito ponderar, ofereci-me para a noite de passagem de ano e qual não é o meu espanto quando logo vozes se levantaram contra esse meu oferecimento... os novos fazem sempre o Natal, logo me disseram!

Não sei a vossa opinião mas, na minha situação existem condicionantes especiais... Sou enfermeira militar, e como militar que sou, o meu grau de permanência num serviço é muito reduzido, em média ficamos 1 ano, no máximo 2... por isso vou ser provavelmente a mais nova do serviço (várias vezes...).

O ano passado fiz o Natal (mais uma vez por ser a mais nova), e este ano decidi antecipar- me e daí o meu oferecimento. Penso que fui honesta e em tempo oportuno manifestei a minha preferência (não acham?), se os outros não a manifestaram não posso mudar esse facto. O que eu não vou mudar é a minha preferência, e por isso este ano... não abro mão do Natal!

Desculpem a frontalidade, mas certos argumentos chegam a uma certa altura e já não colam... e ter filhos é uma delas. Quando são pequenos até entendo, agora colegas com filhos com 20 anos (e eu tenho 26), desculpem-me, mas já não cola!!